terça-feira, 20 de agosto de 2024

Começou a recepção de poemas para o Primeiro Festival de Poesia Inédita para a Palestina * Fórum Itinerante de Participação Popular

Começou a recepção de poemas para o Primeiro Festival de Poesia Inédita para a Palestina

Caracas, 19 de agosto de 2024/Especial de Imprensa da FIPP. Poetas de todo o mundo começaram a enviar suas contribuições para o Primeiro Festival de Poesia Inédita para a Palestina, que acontecerá nos dias 4, 5 e 6 de outubro em diversos países, quando completaria um ano do Genocídio cometido pelo regime terrorista. de Israel contra o povo palestiniano.


A convocação foi do Fórum Itinerante de Participação Popular, organização que vive e se articula na Plataforma Internacional de Solidariedade à Causa Palestina, junto com grupos de poetas como Ofício Puro e Fecap.


A intenção do festival é publicar uma antologia de poemas que não foram publicados nem nas redes sociais, de poetas maiores de idade, em qualquer idioma, com a condição de que sejam acompanhados de tradução em espanhol.


A recepção dos poemas está marcada para o dia 7 de setembro e as bases são bem simples, além do que foi citado acima, que os textos estejam em Arial 14, com cuidado claro na ortografia e que os temas tratem da Palestina, seu processo de resistência, a sua resiliência, a sua esperança de soberania e liberdade. O e-mail disponível para recebimento e envio dos poemas é FestivalPoesiaPalestina@gmail.com .

Os organizadores do Festival antecipam que em todo o território nacional os poetas se unam com atividades, recitais e espaços de solidariedade.


“Apelamos tanto aos poetas consagrados como aos novos, porque todos temos direito à oportunidade de oferecer o nosso amor num poema aos homens, mulheres, rapazes e raparigas da Palestina”, comentou Hindu Anderi, coordenador do Fórum Itinerante de Participação Popular e da Plataforma de Solidariedade com a Causa Palestina.

Em outubro, o Festival acontecerá em auditórios, praças e comunidades. “Queremos que todos os que por aqui passam ouçam falar da Palestina, despertem a sensibilidade e acendam as chamas da solidariedade, de que o seu povo tanto necessita”, disse finalmente Hindu Anderi.

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sábado, 17 de agosto de 2024

MANIFESTO POESIA LIBERTÁRIA * Antonio Cabral Filho/RJ

MANIFESTO POESIA LIBERTÁRIA
   HOMENAJE.

Sin tiempo sin amigo
una vida sin patria
un silencio de látigo
que ni siquiera azota.

Julio Cortázar.


Un día como hoy
te hizo presente
te volviste carne
materia literaria
extraña figura
Duende grande
en un mundo pequeño
sin conciencia
hostil, egoísta
"sin tiempo sin amigo".

Niño lector de caminos
historias de libros
imaginando bosquejos
llegan los cuentos
tonos fantásticos
universo perfecto
destellos de ingenio
hombre novelesco
emigrante del sueño
"una vida sin patria".

Derrotero de fantasía
vencedor del extravío
imaginando utopías.
Angel sin alas
incendiando el vuelo,
Julio en Agosto
rompiendo el tiempo
historias de amor
tiritando el alma
pasión que castiga
"un silencio de látigo".

Aquí quedas presente
este instante de ausencia
ejemplo de tu vida
de regocijo humano
hombre de causa justa
tu extensa figura
Duende gigante
Enseñando constancia
amorosa disciplina
"que ni siquiera azota".


Iván Villamizar.
26/08/2024.

TORQUATO NETO/PI
*
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MANIFESTO POESIA LIBERTARIA

Camaradas, salve!

Quero lhes falar sobre o PROJETO "DEPOIS DE CASTRO ALVES".

PREÂMBULO

Vivemos uma era revolucionária e muito maior do que preconizou Marx, muito além do que historiou Hobsbaum. Em tempos assim os revolucionários precisam ser pessoas completas, precisam pensar em tudo, a um só tempo, por que a roda da história é um raio e quem não vê o seu clarão já perdeu o bonde. Por isso meus camaradas, nós, os revolucionários, precisamos revolucionar, seja na vida social, econômica, cultural e artística. Precisamos propôr estéticas revolucionárias, atendendo aos anseios da maioria. Por isso lhes convido a pensar na estética literária, e criar uma ESTÉTICA LIBERTARIA, especialmente na poesia.

Creio que vocês sabem que o desenvolvimento estético da poesia brasileira se inicia com CASTRO ALVES. GONÇALVES DIAS deu um primeiro passo rompendo o rigor da poesia de formas fixas, mas é a partir de CASTRO ALVES que isso se deslanchou. Daí em diante a poesia modernista virou alimento revolucionário na estética brasileira.

Claro que na Europa, principalmente França e Portugal , isso já era lei e os classicistas baixavam a cabeça. Veja Fernando pessoa. Mas no Brasil ainda era quase uma ofensa se apresentar como Poeta quem não se submetesse ao soneto ou à trova, tamanha era a obediência aos modelos institucionalizados. Precisou que Mário de Andrade, Oswald de Andrade e tantos outros lançassem a Semana de Arte Moderna em 1922. É a partir daí que a estética modernista entrou no salão. Desde então, e só desde então, é que ninguém mais veio impor normas academicistas às artes. Até tem regras, mas não são mais impositivas.

É nesse sentido que começa a caminhar o PROJETO "DEPOIS DE CASTRO ALVES"

POSSO CONTAR COM A SUA ADESÃO?
VAMOS PRECISAR CAIR EM CAMPO E ARREGIMENTAR FORÇAS. NÃO SE FAÇA DE ROGADO, INVADA OS SALÕES, PULE EM CIMA DAS MESAS, BEBA NO GARGALO, DANCE NO ASFALTO, DESFRALDE A BANDEIRA DA POESIA LIBERTARIA
...

1
Depois de Castro Alves
A poesia ganhou mundos!
Viajou em navio negreiro
Liderou revoluções
Fez amor nos camarins
E foi a luta
Sem lenço nem documento.
Antônio Cabral Filho.RJ

2
Enquanto a vida segue forte
O poeta é como um arco
E resiste como um marco
Que já nasce injustiçado
Que está a meio fio
Como um naco de navalha
E na terra ele entalha
Um poema de liberdade

Poesia é a saudade
Do Rio Capiberibe
Da terra dos carijós
E da Serra da Mantiqueira

Poesia é vida inteira
Se esgueirando pelo mundo
E tão perto do absurdo
É arma de revolução!

Dona bela poesia
Vem com bandeira de revolução
E pra ela dá as mãos
Porque ama a liberdade
Poesia é a saudade
Dos tempos em que a justiça era honesta

Vera Mascarenhas.SP

3

LUA VAZIA, 64.

Nuvens raivosas,
passeiam pelos céus de Pernambuco. Nas noites de Março,
tirando a luz do caminho dos camaradas de Julião No breu da noite
a lua entre as nuvens alumia a caminhada
dos camaradas de Julião.

A lua some nas nuvens nas noites de março sem sua luz a milícia num dá sussego.

Os caminheiros tentam entender porque a lua s´escondeu
no rumo do engenho Galileia.

A oitenta e quatro graus
mês de Abril de lua cheia as coisas apertam.

Nuvens raivosas atrapalham
o destino dos camaradas de Julião.

Os de Julião, sentem o momento
o traço e o significado
do que siassucede a cada instante
e sua natureza no modo de ser das coisas.

Uns de um jeito outros de outro.
Lá de cima a lua alumia o caminho
dos camaradas de Julião.

Nas noites dos nordestes do mundo a luz da lua e os caminhantes
não andam sozinhos
nem os camaradas de Julião.
Seguem um rio de estrelas.
&
Os poetas Thiago de Melo e Chico Canindé, no Sustentar em Campinas SP. dia 31.05.08
CHICO CANINDÉ/PA

4

JUNTOS POETÍZENDO

Nessa linha, é preciso
Os brasileiros dar mãos,
Ombro a ombro seguir
Ignorando as imposições

No combate as hipocrisias
Impostas por carrancudo
Amante dos imperialistas
Influentes, na nação

Em rajadas de poesias
Os ativos brasileiros
Poetas e poetisas
Podem metralhar sem medo

Os imbecis, trapalhões
Que insistem em manter regras,
Mantendo os brasileiros
Andando na contra mão

Todos podem ser derrotados
Em rajadas de poesias
Por poetisa e poeta
Opositores do grande capital

Coisa imposta, por estranhos
Dominantes carrasco
Que querem manter
Os brasileiros de mãos abanando

Míope na escuridão
Batendo continência
Para os inimigos
Que abusam na nação

Poetas, na piesia
Podem despertar a sociedade:
A se engajar na luta
Contra o bando de ladrões

Que querem eternizar
A maior Parte dos brasileiros
Seguindo a risca
De inimigos; aliados a estrangeiros

Usurpadores bandoleiros
Aliados, as altas elites
Insistem em querer manter;
O povo explorado na miopia

José Ernesto Dias
São Luís, 17 de agosto de 2024

5
AUTORIA ANÔNIMA
Colaboração: Mary Lãndia - MA

6

@AROSESG
7

@ClauRibasPermitase

8

VOZES

Muitas vozes me tocaram
Ao longo da minha vida.
Prestes, Darcy Ribeiro e Brizola, desde muito cedo,
Me fizeram enxergar a política como um caminho 
Para a realização do bem comum.
Chico Buarque, Tom Jobim e Vinícius, todos eles tornando o amor possível dentro de mim.
Gonzaguinha, com sua coragem revolucionária, ensinou-me a rebeldia e o pensamento para criticar.
Glauber Braga, Sâmia Bonfim e Érika fizeram renascer em mim a esperança num país melhor.
Laterça, Lucia, Omar e Valdilene firmaram em mim 
A certeza de que a Medicina é uma profissão de amor ao próximo. 
Pedro Rosa, Cleodete, Vânia, Verônica, Abadia, Dilma, Janaína, Leise, Wagner, Jane Mary e Lygia, companheiros de luta, me ajudaram a compreender a importância de se posicionar na defesa dos nossos direitos. 
Jesus Cristo, Madre Tersa de Calcutá, Irmã Dulce e Chico Xavier construíram em mim toda a minha espiritualidade e o entendimento do verdadeiro sentido da fraternidade, solidariedade e compaixão. 
Martin Luther King Jr e Padre Júlio Lancelotti fizeram brotar em mim o respeito à diversidade, e a compreensão da desigualdade e da fome como construções humanas que precisam ser combatidas e superadas.
Caetano Veloso, Gilberto Gil, Geraldinho Azevedo e Dominguinhos estimularam em mim o gosto pela música.
Fagner, Belchior e Djavan me aproximaram do violão.
Bethânia, Gal, Elis, Elizete e Ângela Maria me levaram a cantar.
Roberto Carlos, com o romantismo das suas canções, fez dos meus momentos de fossa uma possibilidade de alívio no meu coração. 
Paulo Freire, Gilvan e Marilena Chauí influenciaram as minhas leituras.
Gandhi, Mandela, Leonardo Boff e Frei Betto me mostraram o valor da liberdade. 
Chico Mendes me apresentou a floresta e plantou em mim o cuidado com as coisas da natureza. 
José Roberto me levou a gostar de vôlei e Zagalo me levou a gostar de futebol. 
John Lennon e Elvis Presley ajudaram a embalar os meus sonhos de menino.
Jô Soares, Chico Anísio e Golias me fizeram rir muitas vezes.
Milton Nascimento, João Bosco e Aldir Blanc semearam em mim emoções. 
Martinho da Vila, Cartola, Jorge Aragão e Paulinho da Viola puseram o samba na minha alma. 
Aílton Krenak e Edson Kaipó  cristalizaram em mim a cultura indígena.
Milton Santos, Ângela Davis e Lélia González ajudaram a  enriquecer o meu conhecimento. 
Chomsky, Mujica, Bauman, Habermas, Fidel e Che Guevara ajudaram a desenvolver em mim o amor pela humanidade. 
Rita Lee, Erasmo Carlos e Lulu Santos trouxeram o rock para a minha vida.
Carlinhos Brown chamou a minha atenção para os tambores da Bahia.
Dercy Gonçalves revelou para mim que a irreverência tem o seu lugar na história. 
Rogéria e Roberta Close me ensinaram a respeitar, estudar e aprender sobre as questões de gênero. 
Sílvio de Almeida e Luís Gama me ensinaram a combater o racismo e me interessar pela história da escravidão. 
Eduardo Moreira, Maria Lúcia Fatorelli e Piketi me ajudaram a gostar e a compreender melhor a economia. 
Meus filhos Rodrigo, Mariana e Lucas me ensinam alguma coisa todos os dias. 
Minha mãe e meu avô Manoel me ensinaram honestidade, empatia, dignidade, responsabilidade e gratidão. 
Muitas outras vozes eu poderia citar aqui, e todas elas ajudaram a construir quem eu sou hoje. 
Neste momento, novas vozes têm surgido: Alexandra, Heloísa, Wânia, Elias, Rogério, Manoel e Juliana.
São vozes que ficam porque deixam marcas.
São vozes amigas, vozes de saudades.

Wladimir Tadeu Baptista Soares 
Cambuci/Niterói - RJ
Nordestino 
wladuff.huap@gmail.com 
17/08/2024

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DEDÉ MONTEIRO

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ATAQUE DE ABELHAS
Nesta data, 17/08/2024, um enxame de abelhas fez Bolsonaro fugir às pressas do Rio Grande do Norte.
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JOSÉ ESTANISLAU FILHO/MG

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PAULO LEMINSKI -PR

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Dos Nossos Males


A nós nos bastem nossos próprios ais,
Que a ninguém sua cruz é pequenina.
Por pior que seja a situação da China,
Os nossos calos doem muito mais...

Mário Quintana/RS


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Com o Russo Em Berlim

Carlos Drummond de Andrade

Esperei (tanta espera), mas agora,
nem cansaço nem dor. Estou tranquilo.
Um dia chegarei, ponta de lança,
com o russo em Berlim.

O tempo que esperei não foi em vão.
Na rua, no telhado. Espera em casa.
No curral; na oficina: um dia entrar
com o russo em Berlim.

Minha boca fechada se crispava.
Ai tempo de ódio e mãos descompassadas.
Como lutar, sem armas, penetrando
com o russo em Berlim?

Só palavras a dar, só pensamentos
ou nem isso: calados num café,
graves, lendo o jornal. Oh, tão melhor
com o russo em Berlim.

Pois também a palavra era proibida.
As bocas não diziam. Só os olhos
no retrato, no mapa. Só os olhos
com o russo em Berlim.

Eu esperei com esperança fria,
calei meu sentimento e êle ressurge
pisado de cavalos e de rádios
com o russo em Berlim.

Eu esperei na China e em todo canto,
em Paris, em Tobruc e nas Ardenas
para chegar, de um ponto em Stalingrado,
com o russo em Berlim.

Cidades que perdi, horas queimando
na pele e na visão: meus homens mortos,
colheita devastada, que ressurge
com o russo em Berlim.

O campo, o campo, sobretudo o campo
espalhado no mundo: prisioneiros
entre cordas e moscas; desfazendo-se
com o russo em Berlim.

Nas camadas marítimas, os peixes
me devorando; e a carga se perdendo,
a carga mais preciosa: para entrar
com o russo em Berlim.

Essa batalha no ar, que me traspassa
(mas estou no cinema, e tão pequeno
e volto triste à casa: por que não
com o russo em Berlim?)

Muitos de mim saíram pelo mar.
Em mim o que é melhor está lutando.
Possa também chegar, recompensado,
com o russo em Berlim.

Mas que não pare aí. Não chega o termo.
Um vento varre o mundo, varre a vida.
Este vento que passa, irretratável,
com o russo em Berlim.

Olha a esperança à frente dos exércitos,
olha a certeza. Nunca assim tão forte.
Nós que tanto esperamos, nós a temos
com o russo em Berlim.

Uma cidade existe poderosa
a conquistar. E não cairá tão cedo.
Colar de chamas forma-se a enlaçá-la,
com o russo em Berlim.

Uma cidade atroz, ventre metálico,
pernas de escravos, boca de negócio,
ajuntamento estúpido, já treme
com o russo em Berlim.
Essa cidade oculta em mil cidades,
trabalhadores do mundo, reuni-vos
para esmagá-la, vós que penetrais
COM O RUSSO EM BERLIM.

17
Poema: Venezuela.


No es un cuento ni una historia, es la realidad que vivimos ahora, que a mi pueblo le han dado hasta con la olla, pero se mantiene como el guerrero de Troya, demostrando la lealtad con honra, porque sabemos la verdad del imperialismo así la escondan, ya no nos asustan ni la sombra, nos da pena ajena mirar su historia, siempre disfrazado de una buena paloma, quedando al desnudo y sin honra, porque el pueblo en el mundo está despertando para seguir recorriendo el camino para lograr la victoria, demostrando la verdad aunque nos las escondan, porque el ser humano es el enfoque principal para lograr continuar el camino de Simón Bolívar, que han despertado por el fascismo del capitalismo con su guión ciego y sin memoria, porque ya tienen contados los años como las horas, porqué Venezuela a mantenido en alto su bandera, para que la mire el mundo entero que es el socialismo que logrará la victoria, demostrando al ser humano que es sentimiento con honra, por que es el amor de Díos el principio de historia.


Autor: Claudio Oropeza/VE

18

PARA OS TEMPOS DE PAZ

"_Quando conquistamos a paz_
_Vou escrever coisas lindas,_
_Por agora_
_Sua desgraça me domina,_
_Camponêsa_
_Você me domina mansamente_
_Com a magreza faminta_
_Da sua carne maltratada”_"

(Autoria desconhecida)

19

Obscurantismo.....

Tragédias anunciadas
Criminosas queimadas
Contra o povo, as ciladas
Às flores não vão murchar
O fascismo não passará
Viva à resistência popular.....

César Gomes.RJ

20

CONTINUA
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