sábado, 19 de junho de 2021

NAZISMO E FOGUEIRA DE LIVROS * Fundação Claudino Silva/FCS

 NAZISMO E FOGUEIRA DE LIVROS

(Exemplos não faltam na história da humanidade da perseguição contra a cultura. Uma conhecida queima de livros na história se deu por ordem do Primeiro Imperador da Dinastia Chin que por volta de 213 a.C mandou queimar uma grande quantidade de livros que preservavam ideias e moral dos antigos.

A Biblioteca de Alexandria foi outro alvo da sanha dos infelizes. Fundada no início do século III a.C., terminou por motivos múltiplos: incêndios bélicos, ordem de destruição por parte dos árabes, ataques de cristãos, terremotos e falta de recursos
No século XVI a Igreja Católica criou o Índice de Livros Proibidos, que teve muitas edições, até ser suprimido, 1m 1966, pelo papa Paulo VI.


Em 1933, na Alemanha, foi promovido o chamado “bibliocausto” nazista, exemplo paradigmático de como a política atenta contra as obras de arte. Milhares e milhares de livros foram destruídos pela tragédia nazista que dominou a Alemanha.

Em 2003, a invasão do Iraque pelos EUA, por exemplo, levou à extinção mais de 1 milhão de livros e documentos históricos da Biblioteca iraquiana, berço da Civilização Ocidental.)

Não podemos ficar Inertes, assistindo em tempo real a um verdadeiro genocídio cultural, cujas conseqüências para as próximas gerações serão irreparáveis.

Em pleno mês de junho, mês das festas juninas, vem à tona a informação de que o nazista esfarrapado pôs um pau-mandado na presidência da Fundação Cultural Palmares para perseguir os povos negros e suas culturas. Além de todas as suas paranoias, agora resolveu queimar a biblioteca da entidade, e para isso, está pretendendo fazer uma verdadeira FOGUEIRA DE LIVROS.

NOTA DA EDITORA ANITA GARIBALDI

"A Fundação Cultural Palmares, em mais um gesto de estupidez institucional e determinada a cumprir a louca "missão" de seu presidente, movida a perseguições políticas e delírios ideológicos, agora investe contra o acervo de livros da instituição. 

Um relatório que parece ter saído das catacumbas dos aparelhos repressivos da ditadura, elenca uma série de obras de "viés marxista" e, julgando-as "subversivas" e inadequadas, defende que sejam eliminadas. O relatório sugere que apenas 5% dos mais de 9 mil livros da Fundação serão mantidos.  Ainda que o acervo seja bastante eclético, ele possui uma diversidade natural a acervos com grande volume de títulos e "queimar" a quase totalidade da biblioteca é um crime que nos remete a períodos sombrios da humanidade.


O documento da Fundação que busca justificar a "limpeza" ideológica do acervo atinge até mesmo obras de literatura com a desculpa bizarra de que elas não se adequam às atuais normas gramaticais determinadas pelo acordo ortográfico de 1990 e que entraram em pleno vigor no Brasil só em 2016. Ou seja, o relatório invalida mais de 95% do acervo já que ele, como a maioria das bibliotecas, é composto de obras anteriores ao acordo. 


A atual gestão da Palmares já vinha defenestrando personalidades negras que não se alinham politicamente com o governo protofascista de Bolsonaro; agora dedica esta mesma linha persecutória ao acervo da instituição.


A editora Anita Garibaldi, casa de autores como Clóvis Moura, que tanto contribui para o movimento negro no Brasil, repudia a atitude da atual gestão da Palmares e espera que em breve esta nuvem de autoritarismo de extrema-direita seja dissipada não só da instituição mas também do país."


O relatório pode ser lido neste link: http://www.palmares.gov.br/.../06/cnirc-01-gab-10-06-21.pdf

 *AJUDEM A DIVULGAR ESSE CRIME CONTRA A CULTURA E A HISTÓRIA AFROBRASILEIRAS!*


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